Conheça a distribuição Linux Red Hat
Red Hat Linux é uma distribuição de Linux muito conhecida, líder do mercado nos Estados Unidos, criada e mantida pela Red Hat.
Um grupo de programadores na Carolina do Norte decidiu tornar o Linux mais fácil para possibilitar às pessoas uma experiência mais tranquila com o mesmo. Como muitos grupos, seu objetivo era empacotar todos os bits necessários numa distribuição coerente, facilitando aos inexperientes o contato com o novo sistema operacional. No entanto. esta distribuição tinha uma característica distinta das demais. Em vez de ser uma cópia de um disco rígido que tivesse o Linux instalado, ou um conjunto de disquetes com partes diferentes do sistema operacional que podiam ser copiadas, esta distribuição foi baseada no conceito de pacotes.
O Red Hat foi a primeira distribuição a usar um sistema de gerenciamento de pacotes, onde cada programa incluído no sistema é transformado em um pacote compactado, que pode ser instalado através de um único comando. O sistema guarda as informações dos pacotes instalados, permitindo que você possa removê-los completamente depois (sem deixar restos de bibliotecas e chaves de registro, como no Windows).
A ideia surgiu da observação dos processos que envolvem a instalação de aplicativos a partir do código-fonte, onde você usa os tradicionais comandos "./configure", "make" e "make install". O primeiro comando analisa o sistema e gera a configuração necessária para fazer a instalação; o segundo faz a compilação propriamente dita, enquanto o terceiro finaliza a instalação, copiando os executáveis, bibliotecas e arquivos de configuração para as pastas correspondentes do sistema.
Ao agrupar todos os arquivos em um único pacote compactado e descompactá-lo no diretório raiz do sistema, você tem justamente um sistema rudimentar de pacotes. A partir daí, a ideia foi evoluindo até chegar a ferramentas como o yum e o apt-get e repositórios gigantescos que temos hoje em dia.
O uso do gerenciamento de pacotes é uma das diferenças mais visíveis entre o Linux e o Windows: no Windows você clica no executável do programa e é aberto um instalador; no Linux você usa o gerenciador de pacotes para instalar os programas que quer usar.
Aqui temos o venerável Red Hat 9, lançado em 2003:
A partir de 2003 a Red Hat mudou seu foco, concentrando seus esforços no público empresarial, desenvolvendo o Red Hat Enterprise Linux (RHEL) e vendendo pacotes com o sistema, suporte e atualizações. A consequência mais marcante da decisão foi a descontinuidade do Red Hat Desktop, que era até então a distribuição Linux com o maior número de usuários.
A última versão foi o Red Hat 9. A partir daí, passou a ser desenvolvido o Fedora, combinando os esforços de parte da equipe da Red Hat e vários voluntários que, com a maior abertura, passaram a contribuir com melhorias, documentação e suporte comunitário nos fóruns. O Fedora herdou a maior parte dos usuários do Red Hat Desktop, tornando-se rapidamente uma das distribuições mais usadas.
Em seguida temos o Mandrake, que começou de uma forma modesta, como uma versão modificada do Red Hat, lançada em julho de 1998, cuja principal modificação foi a inclusão do KDE (ainda na versão 1.0). O KDE e o GNOME são os dois ambientes gráficos mais usados no Linux, dividindo a preferência dos usuários e das distribuições. Ambos rodam sobre o X, usando os recursos oferecidos por ele. O X cuida do acesso à placa de vídeo, teclado, mouse e outras funções básicas, enquanto o KDE ou GNOME cuidam da interface que é mostrada a você.
Superando todas as expectativas, o Mandrake conquistou rapidamente um grande número de usuários. A partir de um certo ponto, ele passou a ser desenvolvido de forma independente, sempre com o foco na facilidade de uso. Muita gente começou a usar Linux justamente com o Mandrake 10 e o 10.1:
O Conectiva foi a primeira distribuição Linux nacional e por muito tempo foi uma das mais usadas por aqui, atendendo tanto usuários domésticos, quanto empresas. Em 2005 aconteceu a fusão entre o Mandrake e o Conectiva, que deu origem ao atual Mandriva, uma evolução do Mandrake, que passou a ser desenvolvido combinando os esforços das equipes de ambas as distribuições.
A história do SuSE é um pouco mais complicada. As primeiras versões foram baseadas no SLS (assim como o Slackware). Em 1995 os scripts e ferramentas foram migrados para o Jurix, que por sua vez era baseado no Slackware. A partir da versão 5.0, lançada em 1998, o SuSE passou a utilizar pacotes RPM, o formato do Red Hat, incorporando a partir daí cada vez mais características e ferramentas derivadas dele. Todas estas ferramentas foram integradas no Yast, um painel de controle central que facilita bastante a administração do sistema.
Devido a todas estas mudanças, o SuSE é difícil de catalogar, mas atualmente o sistema possui muito mais semelhanças com o Fedora e com o Mandriva do que com o Slackware; por isso é mais acertado colocá-lo dentro da família Red Hat.
Em 2003 a SuSE foi adquirida pela Novell, dando origem ao Novell Desktop (uma solução comercial) e ao OpenSUSE, um projeto comunitário, que usa uma estrutura organizacional inspirada no exemplo do Fedora.
Ao contrário do Ubuntu e mesmo do Mandriva, o OpenSUSE tem uma base de usuários relativamente pequena aqui no Brasil. Parte disto se deve ao fato de, no passado, o SuSE ter sido uma distribuição fortemente comercial. O sistema não era disponibilizado para download e mesmo a compra das caixinhas era complicada, já que não existia uma filial nacional. Só com a abertura do sistema depois da compra pela Novel é que o OpenSUSE passou a recuperar o terreno perdido.
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