E segue a busca dos cientistas pelo Bóson de Higgs. Trata-se de uma partícula hipotética, enunciada pela primeira vez em 1964, que promete responder, se descoberta, algumas perguntas básicas sobre o surgimento do universo. Um dos possíveis caminhos para se encontrar o Bóson é a descoberta de quarks (um dos elementos básicos que constituem a matéria, o outro é o lépton) em estado livre, já que até hoje só se observou quarks na constituição de prótons e nêutrons. Ainda não se sabe exatamente como é um quark quando este for identificado, mas os cientistas conseguiram, graças ao LHC (Grande Colisor de Partículas, em português, uma máquina instalada embaixo da Terra que se dedica a novas descobertas da física), elencar algumas partículas “candidatas” a ser o quark em estado livre.

Existem, segundo os cientistas do projeto, três ou quatro partículas com boa possibilidade de ser o quark procurado. No contexto do LHC, eles podem representar um avanço nas descobertas, porque há fortes evidências de que o Bóson de Higgs, se realmente existir, tem interação com os quarks. Basicamente, é necessário descobrir este quark porque ele seria a partícula básica com a maior massa possível. Logo, o Bóson de Higgs seria mais leve. Com isso, os cientistas poderiam quebrar um quark e dar origem ao Bóson de Higgs e uma terceira partícula, mas isso ainda está no campo das especulações.

A comunidade científica ficou sabendo da existência do quark pela primeira vez em 1995, graças a um laboratório nos Estados Unidos. Eles conseguiram descobrir a partícula enquanto realizavam estudos sobre a desintegração do nêutron. Desde então, há um avanço lento, mas contínuo, nesse campo. A única teoria que os cientistas têm em comum sobre o que ainda está por descobrir é o seguinte: para entender como o universo surgiu, é necessário se quebrar uma partícula mais e mais vezes, chegar o mais próximo possível do limite mínimo, o que ainda não foi conseguido.

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