Inicialmente, grande parte dos acessos à Internet eram realizados por meio de conexão discada com velocidades que dificilmente ultrapassavam 56 Kbps. O usuário, de posse de um modem e de uma linha telefônica, se conectava ao provedor de acesso e mantinha esta conexão apenas pelo tempo necessário para realizar as ações que dependessem da rede.

Desde então, grandes avanços ocorreram e novas alternativas surgiram, sendo que atualmente grande parte dos computadores pessoais ficam conectados à rede pelo tempo em que estiverem ligados e a velocidades que podem chegar a até 100 Mbps. Conexão à Internet também deixou de ser um recurso oferecido apenas a computadores, visto a grande quantidade de equipamentos com acesso à rede, como dispositivos móveis, TVs, eletrodomésticos e sistemas de áudio.

Independente do tipo de tecnologia usada, ao conectar o seu computador à rede ele pode estar sujeito a ameaças, como:


Furto de dados: informações pessoais e outros dados podem ser obtidos tanto pela interceptação de tráfego como pela exploração de possíveis vulnerabilidades existentes em seu computador.

Uso indevido de recursos: um atacante pode ganhar acesso a um computador conectado à rede e utilizá-lo para a prática de atividades maliciosas, como obter arquivos, disseminar spam, propagar códigos maliciosos, desferir ataques e esconder a real identidade do atacante.

Varredura: um atacante pode fazer varreduras na rede, a fim de descobrir outros computadores e, então, tentar executar ações maliciosas, como ganhar acesso e explorar vulnerabilidades

Interceptação de tráfego: um atacante, que venha a ter acesso à rede, pode tentar interceptar o tráfego e, então, coletar dados que estejam sendo transmitidos sem o uso de criptografia

Exploração de vulnerabilidades: por meio da exploração de vulnerabilidades, um computador pode ser infectado ou invadido e, sem que o dono saiba, participar de ataques, ter dados indevidamente coletados e ser usado para a propagação de códigos maliciosos. Além disto, equipamentos de rede (como modems e roteadores) vulneráveis também podem ser invadidos, terem as configurações alteradas e fazerem com que as conexões dos usuários sejam redirecionadas para sites fraudulentos.

Ataque de negação de serviço: um atacante pode usar a rede para enviar grande volume de mensagens para um computador, até torná-lo inoperante ou incapaz de se comunicar.

Ataque de força bruta: computadores conectados à rede e que usem senhas como método de autenticação, estão expostos a ataques de força bruta. Muitos computadores, infelizmente, utilizam, por padrão, senhas de tamanho reduzido e/ou de conhecimento geral dos atacantes.

Ataque de personificação: um atacante pode introduzir ou substituir um dispositivo de rede para induzir outros a se conectarem a este, ao invés do dispositivo legítimo, permitindo a captura de senhas de acesso e informações que por ele passem a trafegar.

Cuidados gerais

> Mantenha seu computador atualizado, com as versões mais recentes e com todas as atualizações aplicada;
> Utilize e mantenha atualizados mecanismos de segurança, como programa antimalware e firewall pessoal ;
> Seja cuidadoso ao elaborar e ao usar suas senhas ;
> Utilize conexão segura sempre que a comunicação envolver dados confidenciais;
 > Caso seu dispositivo permita o compartilhamento de recursos, desative esta função e somente a ative quando necessário e usando senhas difíceis de serem descobertas.

Wi-Fi

Redes Wi-Fi se tornaram populares pela mobilidade que oferecem e pela facilidade de instalação e de uso em diferentes tipos de ambientes. Embora sejam bastante convenientes, há alguns riscos que você deve considerar ao usá-las, como:

> Por se comunicarem por meio de sinais de rádio, não há a necessidade de acesso físico a um ambiente restrito, como ocorre com as redes cabeadas. Devido a isto, os dados transmitidos por clientes legítimos podem ser interceptados por qualquer pessoa próxima com um mínimo de equipamento (por exemplo, um notebook ou tablet);

> Por terem instalação bastante simples, muitas pessoas as instalam em casa (ou mesmo em empresas, sem o conhecimento dos administradores de rede), sem qualquer cuidado com configurações mínimas de segurança, e podem vir a ser abusadas por atacantes, por meio de uso não autorizado ou de "sequestro";

> Em uma rede Wi-Fi pública (como as disponibilizadas em aeroportos, hotéis e conferências) os dados que não estiverem criptografados podem ser indevidamente coletados por atacantes;

> Uma rede Wi-Fi aberta pode ser propositadamente disponibilizada por atacantes para atrair usuários, a fim de interceptar o tráfego (e coletar dados pessoais) ou desviar a navegação para sites falsos.

Para resolver alguns destes riscos foram desenvolvidos mecanismos de segurança, como:

WEP (Wired Equivalent Privacy): primeiro mecanismo de segurança a ser lançado. É considerado frágil e, por isto, o uso deve ser evitado.

WPA (Wi-Fi Protected Access): mecanismo desenvolvido para resolver algumas das fragilidades do WEP. É o nível mínimo de segurança que é recomendado.

WPA-2: similar ao WPA, mas com criptografia considerada mais forte. É o mecanismo mais recomendado.

Cuidados a serem tomados:

> Habilite a interface de rede Wi-Fi do seu computador ou dispositivo móvel somente quando usá-la e desabilite-a após o uso;
> Desabilite o modo ad-hoc (use-o apenas quando necessário e desligue-o quando não precisar). Alguns equipamentos permitem inibir conexão com redes ad-hoc, utilize essa função caso o dispositivo permita;
> Use, quando possível, redes que oferecem autenticação e criptografia entre o cliente e o AP (evite conectar-se a redes abertas ou públicas, sem criptografia, especialmente as que você não conhece a origem);
> Considere o uso de criptografia nas aplicações, como por exemplo, PGP para o envio de e-mails, SSH para conexões remotas ou ainda VPNs;
> Evite o acesso a serviços que não utilizem conexão segura ("https");
> Evite usar WEP, pois ele apresenta vulnerabilidades que, quando exploradas, permitem que o mecanismo seja facilmente quebrado;
> Use WPA2 sempre que disponível (caso seu dispositivo não tenha este recurso, utilize no mínimo WPA).

Banda larga fixa

Banda larga fixa é um tipo de conexão à rede com capacidade acima daquela conseguida, usualmente, em conexão discada via sistema telefônico. Não há uma definição de métrica de banda larga que seja aceita por todos, mas é comum que conexões deste tipo sejam permanentes e não comutadas, como as discadas. Usualmente, compreende conexões com mais de 100 Kbps, porém esse limite é muito variável de país para país e de serviço para serviço3.

Computadores conectados via banda larga fixa, geralmente, possuem boa velocidade de conexão, mudam o endereço IP com pouca frequência e ficam conectados à Internet por longos períodos. Por estas características, são visados por atacantes para diversos propósitos, como repositório de dados fraudulentos, para envio de spam e na realização de ataques de negação de serviço.

O seu equipamento de banda larga (modem ADSL, por exemplo) também pode ser invadido, pela exploração de vulnerabilidades ou pelo uso de senhas fracas e/ou padrão (facilmente encontradas na Internet). Caso um atacante tenha acesso ao seu equipamento de rede, ele pode alterar configurações, bloquear o seu acesso ou desviar suas conexões para sites fraudulentos.

Cuidados a serem tomados:

> Altere, se possível, a senha padrão do equipamento de rede (verifique no contrato se isto é permitido e, caso seja, guarde a senha original e lembre-se de restaurá-la quando necessário);

> Desabilite o gerenciamento do equipamento de rede via Internet (WAN), de tal forma que, para acessar funções de administração (interfaces de configuração), seja necessário conectar-se diretamente a ele usando a rede local (desta maneira, um possível atacante externo não será capaz de acessá-lo para promover mudanças na configuração).

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