Quem já utilizou um software livre para editar documentos de texto com certeza já se deparou com alguns formatos bem diferentes, como ODT, ODS e ODP. Mas você sabe por que os desenvolvedores não usam apenas extensões como DOC, XLS e PPT?

Os formatos utilizados pelo Microsoft Office são proprietários. Isso significa que, para criar uma aplicação que faça uso dessas extensões, é preciso pagar. Por isso, o ODF foi criado. Trata-se de um formato livre e aberto para a comunidade. Qualquer pessoa que queira desenvolver uma aplicação com suporte às extensões do tipo OD pode fazê-lo sem se preocupar com direitos autorais.

Como surgiu o ODF?

O padrão ODF foi criado pelo OASIS, uma organização que tem como objetivo promover padrões digitais de documentos, imagens e outros tipos de arquivos utilizados com frequência na internet. Todas as especificações do novo formato são criadas em reuniões dos comitês técnicos.

Entre 2005 e 2006, o ODF foi homologado pela ISO sob a identificação ISO 26300. Isso significa que o OpenDocument Format passou a ser um padrão reconhecido internacionalmente.

A aprovação no Brasil, dado pela ABNT, veio só em 2008 (identificado como NBR ISO 26300), o que causou certa euforia entre os utilizadores de software livre. Isso porque, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor brasileiro, quando uma norma da ABNT passa a existir, todos os produtos do mercado devem incorporá-la.


Quem utiliza?

No Brasil, muito órgãos públicos passaram a utilizar o ODF como formato-padrão para seus documentos. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Celepar, Correio, Exército Brasileiro, Itaipu Binacional, Marinha do Brasil e Petrobrás são apenas alguns exemplos. Além disso, o Governo do Estado do Paraná também passou a utilizar o ODF em toda a sua documentação interna.

Ao redor do mundo, a lista de países que incorporaram o formato cresce a cada dia. África do Sul, Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, França, Holanda, Portugal, Japão, Rússia e muitos outros já aderiram ao ODF.

Abrindo um documento ODF


Existem diversos aplicativos no mercado que permitem abrir e editar documentos que utilizam os padrões ODF. Os mais famosos são as suítes Apache OpenOffice e o LibreOffice, que oferecem editor de texto, ferramentas para trabalhar com planilhas e apresentações de slides e também aplicações de gerenciamento de banco de dados.

Alguns serviços online também incorporaram os formatos livres em sua lista, como é o caso do Google Drive, da gigante Google. Outra empresa de renome que oferece alternativas para quem trabalha com ODF é a IBM, com a suíte IBM Lotus Symphony.

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