Pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) conectaram com sucesso dois cérebros humanos utilizando a internet como meio.

Em um experimento chamado de “comunicação direta cérebro-cérebro em humanos”, os cientistas foram capazes de enviar um sinal cerebral por meio da internet para controlar a forma como outro pesquisador, sentado em uma área separada do campus da universidade, mexia a sua mão.

Os dois pesquisadores envolvidos no projeto, Rajesh Rao e Andrea Stocco, tiveram seus cérebros conectados por meio de uma espécie de “chapéu tecnológico”, que incluía uma bobina de estimulação magnética, responsável por “ler” e estimular o cérebro. No experimento, Rao enviou um sinal para o cérebro de Stocco, forçando-o a mover seu dedo indicador direito para apertar o botão de “fogo” em um jogo de computador.

Os cientistas, de fato, têm trabalhado intensamente no desenvolvimento de tecnologias que permitam que as pessoas interajam com nossos computadores apenas usando o cérebro – ou até mesmo controlem ou se comuniquem com outros seres humanos apenas por meio de pensamentos.

Por ora, já são bem sucedidos vários experimentos que utilizam esse processo para auxiliar pessoas que perderam membros como os braços ou as pernas a se adaptarem a próteses.

Os profissionais da área também já há anos vêm se concentrando na tarefa de criar interfaces cérebro-computador, o que nos permitirá interagir com os nossos smartphones e computadores simplesmente usando nossas mentes. Já existem aparelhos capazes de ler nossos pensamentos e que nos permitem realizar tarefas como fazer o bonequinho de um jogo de computador se esquivar de seus obstáculos, apenas com o pensamento.

No início deste ano, Miguel Nicolelis, neurocientista da Universidade de Duke (Carolina do Norte, EUA), conectou com sucesso os cérebros de dois ratos por meio da internet, permitindo que eles se comunicassem com suas mentes: quando um rato pressionava uma determinada alavanca, o outro fazia o mesmo.

Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard (Massachusetts, EUA) também criaram uma interface cérebro-cérebro em um laboratório, que permitiu a um ser humano mover o rabo de um rato apenas com o pensamento.

Os pesquisadores da Universidade de Washington utilizaram a eletroencefalografia ou EEG (estudo do registro gráfico das correntes elétricas desenvolvidas no encéfalo) para registrar a atividade cerebral de forma não invasiva e, em seguida, estimular o cérebro dos participantes do experimento usando uma tecnologia chamada de estimulação magnética transcraniana.

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