O esgotamento do protocolo IPv4 no Brasil deve ocorrer no primeiro semestre de 2014. A previsão anunciada nesta quarta-feira (5) é do gerente de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologias de Redes e Operações do NIC.br, Antônio Moreira, que coordenou o mini-curso sobre IPv6 durante o III Fórum da Internet no Brasil, em Belém. De acordo com a avaliação de Moreira, a adoção do IPv6 por redes e aparelhos é cada vez mais necessária.

“O IPv4 deve se esgotar entre maio e junho de 2014 na nossa região, mas com base no consumo total pode ser que isso ocorra antes da previsão”, explica Moreira.

Moreira diz que no Brasil os trabalhos para adequação de redes e equipamentos não estão parados. “Entretanto o cronograma do governo e de algumas empresas é incompatível com o prazo”, aponta o gerente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, entidade civil e sem fins lucrativos que implementa projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Profissionais do NIC.br compartilham conhecimentos sobre o protocolo IPv6

Google e Facebook já estão adaptados

As estatísticas do IPv4 publicadas pelo NIC.br mostram que o esgotamento ocorrerá em prazo máximo de 269 dias. Segundo Moreira, grandes players como Google e Facebook já estão preparados, mas quem ainda não se adequou poderá lidar num futuro próximo com implicações como aumento de chamados técnicos e queda na qualidade do serviço.

Para o usuário final a experiência em alguns serviços online e sites pode ficar comprometida em aparelhos que não suportam o IPv6. A não adequação ao protocolo traz o paliativo chamado de compartilhamento de IPv6, que compromete a segurança da navegação web.

iPhone e IPv6

Há ainda a preocupação com equipamentos que só funcionam no protocolo IPv4. É o caso do iPhone, da Apple, que só possui suporte para o IPv6 em conexão wi-fi, diz Moreira.

A estratégia adotada pelo NIC é reunir com representantes do setor de equipamentos e formatar acordos de autoregulamentação dos prazos de adequação. “É importante ressaltar que adequar não influencia no aumento do preço do produto”, finaliza.

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