Se você é fã de séries de ficção científica como “Star Trek” e “Star Wars”, deve ter visto mais de uma vez os personagens ultrapassando a velocidade da luz com suas incríveis espaçonaves. Mas será que o que é retratado nos filmes — algo semelhante ao que você pode ver na imagem acima — também seria visto na vida real?

Um grupo de estudantes de Física da Universidade de Leicester, na Inglaterra, decidiu aplicar a Teoria da Relatividade de Einstein para descobrir se o que os filmes mostram também seria visível caso fosse possível viajar a velocidades superiores à velocidade da luz. E não é que eles descobriram que o cinema vem nos enganando todo esse tempo?

Millenium Falcon

Segundo os estudantes, se tomarmos a Millenium Falcon como exemplo, a tripulação não veria linhas brilhantes formadas pelas estrelas ao ultrapassar a velocidade da luz, mas sim um brilhante disco luminoso. O disco seria causado devido ao Efeito Doppler, que é uma característica observada em ondas emitidas ou refletidas por fontes em movimento com relação ao observador.

Assim, levando em consideração o ponto de vista dos viajantes da nave, o disco luminoso seria formado devido ao movimento da luz visível emitida pelas estrelas — que é uma fonte de radiação eletromagnética — em direção aos tripulantes. Em outras palavras, o efeito observado indica uma diminuição no comprimento de onda da luz emitida, que sairia do espectro visível e entraria no espectro dos raios X. Confira a representação do disco luminoso abaixo:


Ao mesmo tempo, a radiação cósmica de fundo, que é um tipo de radiação térmica espalhada de maneira uniforme pelo Universo, entraria no espectro visível da luz, formando o tal disco luminoso que seria visto pelos tripulantes da nave. Ainda de acordo com os estudantes, se esse tipo de viagem realmente fosse possível, seria aconselhável o uso de óculos de sol bem potentes, além de algum tipo de sistema antirradiação na nave para proteger os viajantes.

Outro problema que a hipotética Millenium Falcon enfrentaria seria uma enorme pressão provocada pelo intenso bombardeio dos raios X, que exerceria uma força no sentido contrário ao do movimento da nave, podendo reduzir a sua velocidade. Agora cabe saber se, depois de tantas considerações teóricas, o pessoal de Hollywood vai passar a adotar o borrão luminoso no lugar dos belos traços formados pelas estrelas no novo Star Wars que deve vir por aí.


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