Cerca de dois anos atrás, Linus Torvalds disse que a versão 3.11 do Linux receberia o codinome Linux for Workgroups e, puxa, ele realmente cumpre suas promessas, mesmo as que soam como brincadeira: a próxima versão do kernel terá mesmo este nome.

Para quem não entendeu a malícia da história, eu explico: o nome é uma clara “homenagem” ao Windows 3.11 for Workgroups, sistema operacional que chegou ao mercado em agosto de 1993 e se tornou um marco na história da Microsoft, não só por ter fincado de vez o nome da empresa no mercado de software, como também por ter sido uma das versões mais duradouras – seu suporte terminou em 2008.


Bom, e o que o Linux 3.11 for Workgroups terá de novo, tecnicamente falando? Nada de excepcional, é bom deixar claro desde já. Entre os seus recursos estão o melhor gerenciamento de consumo de energia em chips gráficos Radeon (em parte, graças à AMD, que entregou à comunidade mais de 150 patches), compatibilidade com a tecnologia Intel Rapid Start, suporte às soluções de virtualização KVM e Xen para a plataforma ARM de 64 bits e, claro, as tradicionais correções de bugs.

Se por um lado a “homenagem” ao Windows 3.11 mostra o lado bem humorado de Torvalds (até mesmo porque o kernel já teve outros codinomes engraçadinhos, como “Homicidal Dwarf Hamster” na versão 2.6.20), por outro, o clima tenso nos bastidores deixa claro que nem tudo é paz e amor por ali.

A desenvolvedora Sarah Sharp, que contribui para o Linux há algum tempo, tem expressado na lista de discussão do kernel a sua revolta com o estilo durão e aparentemente agressivo com o qual Torvalds lida os desenvolvedores. Um dos “estouros” mais recentes de Linus teria sido justamente relacionado a erros em determinados códigos para a versão release candidate do Linux 3.11.

Com conflitos ou não, as atualizações do Linux continuam. A versão 3.10 (estável) foi disponibilizada no final de junho deste ano e o kernel 3.11 já possui o seu primeiro release candidate.

Fonte: Tecnoblog

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